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FXINVESTE 06
BALCÃO DO INVESTIDOR
Empreender é a palavra de ordem! Para uma economia que se quer pujante e diversificada é necessário incrementar o empreendedorismo. O paradigma hoje é outro: o setor público deixou de empregar como empregava e no mercado predominam as PMEs e as Microempresas (99,9%), de capacidade empregadora limitada. Importa, por isso, fomentar a criação do próprio emprego e, quiçá, o emprego de terceiros e, desde modo, contribuir para o desenvolvimento do tecido económico local e para a criação de emprego.
É ambição de muitos um dia trabalhar por conta própria, gerar riqueza e postos de trabalho. Importa, pois, que hajam políticas públicas que confiram incentivos e confiança, levando a que mais do que investir se empreenda, criando novas empresas ajustadas ao mercado global.
Existem apoios e entidades que o podem aconselhar e orientar no desafio de empreender. É para o ajudar a desbravar esse caminho que dedicamos o 6.º número da FX INVESTE ao empreendedorismo!
DESTAQUE
Empreendedorismo
Não é de Startups nem de empresas de base tecnológica, criadas com o objetivo de crescer rapidamente e de se tornarem escaláveis, que estamos a falar, até porque existem organismos que já atuam nesse domínio.
Mesmo reconhecendo que “As Startups são a melhor solução do desemprego”, como o fez João Vasconcelos, sabemos que falta empreendedorismo em setores tradicionais, com grande capacidade empregadora e que carecem de muita inovação e criatividade para que sejam competitivos e subsistam num mercado cada vez mais concorrencial.
Existem organismos nacionais e regionais que atuam na promoção do empreendedorismo, quer por via do apoio logístico e formativo, quer por via da administração dos Fundos Europeus. Todos têm um papel importante na alavancagem de negócios. Mas também ao nível local, é preciso atuar. Os municípios, no quadro das suas competências e capacidade orçamental, devem implementar medidas que ajudem a fortalecer o ecossistema empresarial. É importante que o faça de forma assertiva, privilegiando setores menos favorecidos e num ambiente de proximidade.
O Funchal encontra-se a trabalhar no plano de ação para o incremento do empreendedorismo, que se encontra estruturado em três eixos: Incentivar; Capacitar e Premiar.
Várias medidas estão já no terreno como é o caso do Balcão do Investidor, onde cerca de 6000 atendimentos já ocorreram, assim como vários processos de assessoria técnica, sessões de esclarecimento, pacotes formativos, dos quais destacamos Promover o Empreendedorismo, protocolos para a promoção do Microcrédito, entre outras.
De salientar que o Funchal possui empresas que operam no mercado, cujo objeto de negócio é precisamente alavancar novos negócios, oferecendo serviços de “incubação” assentes na economia colaborativa e da partilha. O Espaço Cowork Funchal e Saudade Madeira são dois bons exemplos que gostaríamos de ver replicados. Com serviços desta natureza, é possível empreender testando previamente e seu produto ou serviço no mercado e, assim, reduzir o risco.
O nosso património histórico-cultural, a natureza e o mar são apenas exemplos de áreas que se querem melhor aproveitadas do ponto de vista empresarial, pelo que o incitamos não apenas a investir, mas a empreender, trazendo algo de novo, ecológico e inclusivo. Já agora, aproveite e afira aqui o seu perfil de empreendedor.
Mesmo sem saber qual será o resultado do teste, aproveitamos para partilhar consigo instrumentos que o podem ajudar: Manual do Empreendedor, Guia Prático do Empreendedor, Guia do Investidor e claro, a equipa de Assistentes do Investidor que está sempre no Balcão do Investidor ao seu dispor!
DICAS
QUEM NÃO ARRISCA ...
Um dos maiores entraves ao empreendedorismo é o medo do risco. Ter uma ideia diferenciadora, procurar informar-se e formar-se, encontrar os parceiros certos e trabalhar arduamente são o segredo para encontrar o sucesso.
Muhammad Yunus, economista Prémio Nobel da Paz, optou por conceder empréstimos de reduzido valor a famílias carenciadas, sem exigir em troca qualquer garantia. O risco aqui era enorme, no entanto a ideia marcou a criação do Microcrédito, uma modalidade de financiamento que hoje é indiscutivelmente um sucesso.
JÁ TEM A IDEIA DE NEGÓCIO? O MAIS DIFÍCIL JÁ ESTÁ FEITO!
As boas ideias são o mais difícil no que diz respeito ao empreendedorismo. Têm de ser ideias diferenciadoras e acrescentar valor ao mercado. Não faça mais do mesmo.
Depois, é só encontrar os parceiros e as entidades certas para o ajudarem a materializar e promover o seu investimento.
COMPROVE, TESTE E EXPERIMENTE: O SEU PRIMEIRO BALCÃO PODE SER VIRTUAL!
Um produto ou serviço precisa de ser testado no mercado. Procure definir o seu público-alvo e comprovar junto dele a qualidade e a pertinência da sua oferta. Informe-se, leia, ande pala rua com olhar crítico, faça entrevistas, participe em feiras e eventos.
Depois de tudo isso, se ainda se sentir inseguro, comece por testar o seu produto e fazer negócio online. Crie um site para o efeito e aposte nas redes sociais.
ARRISCOU E FALHOU? TENTE NOVAMENTE!
Sim, é duro falhar, mas não desperdice toda a experiência pela qual passou. Arriscou, não resultou, mas certamente aprendeu muito com isso. Desde que não cometa os mesmos erros, capitalize a sua experiência e volte a tentar! Sobretudo a cultura norte-americana reconhece especial crédito a quem já empreendeu, falhou e voltou a tentar. Nós por cá também!
... o Balcão do Investidor pode apoiar o seu projeto, através de assessoria técnica, desde o licenciamento à implementação?
... existem programas de financiamento que o podem ajudar a implementar o seu projeto?
... o IAPMEI tem um modelo de plano de negócios que poderá servir de base para o seu?
SABIA
QUE...
DADOS
O Funchal, com 104.442 residentes, possui uma das maiores densidades populacionais do país (1371,3 Hab/Km2). É um município que tende para o envelhecimento populacional, sendo que apresentou, em 2018, 118 idosos por cada 100 jovens.
Em 2018, estavam registas 6682 pessoas desempregadas, sendo que 0,7% pertenciam ao setor primário, 15,3% ao setor secundário e 84% ao setor terciário.
A nível regional, o principal setor empregador é o terciário (76,5%), seguido-se o secundário (12,5%) e, por fim, o primário (10,9%).
Na região, de acordo com o último Inquérito às Despesas das Famílias (2015/2016), o rendimento líquido médio era de 1.899€ por mês, por agregado. A despesa anual média dos residentes era de 18.204€, por agregado, sendo que 34,0% deste valor destinava-se a despesas com habitação, 14,0% a alimentação e 13,6% a transportes.
93,6% dos agregados tinham acesso a pelo menos um telemóvel, 67,9% dispunham de computador e 74,1% de ligação à internet, 72,7% dos agregados tinham, à data, pelo menos um automóvel.
Na região, segundo os dados mais recentes (2016(, existem 25.108 empresas (não financeiras), das quais, 68% são empresas individuais. Do ponto de vista da sua dimensão, as empresas regionais pertencem quase exclusivamente (99,9%) ao grupo das PME. Dentro destas, a maior parte são Microempresas (96,40%).
O Funchal apresentou, em 2018, um saldo positivo de mais 205 sociedade, que resultou da diferença entre o número de sociedades constituídas (692) e dissolvidas (487).
A região é procurada anualmente por mais de 1,2 milhões de hóspedes. O rendimento médio por quarto (RevPAR) foi de 51,18€ na região e de 57,23€ no Funchal.
O valor médio de venda por m2 dos alojamentos familiares no Funchal (2017) situava-se nos 1.437€. O valor médio da construção, na região, situava-se nos 710,18€ por m2.
CASO DE SUCESSO
ASSOCIAÇÃO CULTURAL CASA INVISÍVEL
PORQUE NÃO EMPREENDER ATRAVÉS DAS ARTES?
PERGUNTAS FREQUENTES
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